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Um dia de cada vez

  • Foto do escritor: Ana Paula Carvalhais
    Ana Paula Carvalhais
  • 21 de mar. de 2020
  • 2 min de leitura

Atualizado: 23 de mar. de 2020

Estar em casa mexe com os humores, requer disciplina para executar as tarefas e dá novos contornos à imagem que os pequenos fazem de nós. Estamos mais disponíveis, mas não cem por cento ao dispor da prole. Há cerca de um ano, quando decidi trabalhar de casa, uma das questões que mais me afligia era como continuar a exercer minha atividade profissional, conciliando mais qualidade de vida e tempo com meu filho. Foi preciso fazer um exercício para identificar os pontos fortes, fragilidades e armadilhas que essa nova rotina poderia trazer. A última semana, nesse sentido, tem isso uma pós-graduação!


Algo que aprendi nesse processo foi a importância de se estabelecer intervalos. Entre uma reunião e outra, quando uma ideia trava no meio de um texto ou enquanto se aguarda uma confirmação, não há nada melhor do que encaixar uma brincadeira, fazer um desenho juntos ou uma pequena caminhada. Se a gente der uma força, as crianças se viram bem brincando sozinhas por um determinado tempo. Elas são boas nisso! Não é preciso descabelar nem transmitir ansiedade a elas. Com combinados firmes, elas vão entender que você não está brincando ao computador, mas trabalhando. E que, a cada duas horas, por exemplo, vocês poderão fazer algo divertido juntos.


Especialmente na tarde de ontem, em que a empresa de internet resolveu avacalhar o home office de toda a minha vizinhança, o computador saiu de cena para dar lugar à máquina de costura. Com saudade da escola, meu filho havia pedido que eu fizesse um chapeuzinho de tecido igual ao que ele tem lá. E o desafio foi quebrar a cabeça, sem a ajuda de tutoriais. Não ficou perfeito. Mas o pequeno não quis tirar o acessório desde que ficou pronto e isso me encheu de alegria. O chapéu nos acompanhou numa caminhada pelo quarteirão e foi a primeira coisa que ele buscou hoje cedo.


São momentos assim que driblam não só o tempo, mas também as incertezas. Com grande parte das famílias em casa, pais e mães ainda podem intercalar seus intervalos. As crianças lucram duplamente. Por aqui a concorrência, digo, a parceria é forte! O pai tem brincadeiras mais animadas, faz mini expedições fotográficas pelo quintal... Mesmo que tudo esteja alterado nessa temporada - sem aula, amigos, atividades extras nem abraços de avós -, com jeitinho, vamos fazendo desse limão uma doce limonada.



 
 
 

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