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Qual a fórmula da saudade?

  • Foto do escritor: Ana Paula Carvalhais
    Ana Paula Carvalhais
  • 8 de jun. de 2020
  • 2 min de leitura

Atualizado: 4 de jul. de 2020

Tenho memória de elefante. Sou capaz de lembrar cheiros, sensações, a música que tocava em determinada situação. Minhas amigas mais próximas sabem. Recorrem a mim para lembrarmos algum episódio. Damos risadas e nos divertimos bastante com isso. Não estou me gabando. Grande parte desse HD é puro desperdício em causos, futilidades, pequenos traumas que se transformam em histórias. Mas também acredito que, de certa forma, me ajudam bastante em minha atividade de escrever, roteirizar, humanizar palavras.


Às vezes toca algum hit da década de 1990 que me lembra, por exemplo, quando foi inaugurada a primeira e única rádio da minha cidade. Ou algum baile do clube. Comida também sempre carrega memória. O jeito que minha mãe prepara algo, a forma como minha avó temperava um tutu e por aí vai... Desde coisas legais e doces, àquele sutiã que se arrebentou no meio da prova do vestibular, o braço quebrado no dia das bodas de ouro dos meus avós – que não sei se lembro mesmo ou se, de tanto ouvir, “criei” uma memória perfeita do tombo.


Os tempos de escola ocupam grande espaço. Não, necessariamente, o conteúdo ensinado. Apresentações de feira de ciências foram os primeiros “ao vivo”. Mas também sei que essa tal memória é um baú sem muito controle. A gente ás vezes se esforça para lembrar algo que não vem – seja de perto ou longe no tempo. Não guardo nomes de atores, lembro cenas e esqueço o título de filmes, pelejo com expressões em inglês que simplesmente evaporam da mente.


Lembro bem da “Dona” Divina, professora de física, que era muito dedicada e amiga dos alunos. Mas não consigo recordar qualquer fórmula – assim como as de química, ensinadas pela professora Luiza. Talvez essa tal memória é que não tenha mesmo fórmula nem receita. O jeito é a gente tentar buscar lembranças boas. As ruins, como tudo o que anda acontecendo, em vez de esquecer, vamos canalizando para logo transformar em aprendizado e ações positivas.


Comecei a me lembrar de tanta coisa... Mas na verdade, esse texto hoje nasceu pensando na minha sobrinha, que está na luta em suas aulas on line de Física. Obviamente, “colei” do mestre Google para lembrar a fórmula da Segunda Lei de Newton. Só queria mesmo mandar uma Força e um beijo à minha querida Nick, a quem às vezes esqueço de dizer o quanto amo.

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